quinta-feira, 10 de julho de 2014

Com remorso, jovem confessa assassinato


CT online - Um caso inusitado ocorreu na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, em Parauapebas, na madrugada desta quarta-feira (9). Um jovem, Eliézio Silva Souza, de 18 anos, chegou ao local afirmando ao vigia que queria se entregar porque havia matado um homem, em Novo Repartimento, há aproximadamente dois meses.
Em conversa com a Reportagem do CORREIO, Eliézio contou que morava em Novo Repartimento e retornava embriagado de uma festa, na madrugada do dia 4 de maio, quando decidiu cumprimentar um homem com o qual cruzou, mas acabou sendo atacado por essa pessoa, que ele jura desconhecer.
“Passei por um rapaz, cumprimentei e ele veio para cima de mim, me batendo. Eu tive que revidar porque ele era maior e eu ia apanhar demais. Ia ser espancado”, afirmou ele, acrescentando que agrediu o desconhecido e, neste momento, uma faca caiu do homem que o atacou. Segundo Eliézio, ele pegou a arma e desferiu golpes no outro.
“Eu peguei e esfaqueei. Eu estava bêbado, mas ele aparentemente estava bem. Acho que ele queria me bater porque só dei boa noite pra ele. Nunca tinha visto antes”, relatou. Ainda conforme Eliézio, assim que soube que o rapaz que ele golpeou morreu, tratou de se mudar para Parauapebas, onde a irmã vive.
Agora, no entanto, ele cansou de viver com o remorso de ter matado uma pessoa e decidiu contar toda a história à Polícia Civil. “Vim me entregar porque essa história foi sem pé e nem cabeça. Fiquei pensando que eu estava bêbado e acabei fazendo isso com o cara, sendo que nunca fui alguém de confusão, nunca fui de brigar, sempre saí de casa sozinho, ia pra festa, voltava e nunca tinha acontecido nada assim”, resumiu.
A Reportagem do CORREIO procurou o delegado plantonista, Thiago Carneiro, para saber qual o destino do jovem que está se auto acusando. Conforme a autoridade, a Polícia Civil solicitou à Comarca do Poder Judiciário de Novo Repartimento se há qualquer mandado de prisão expedido em desfavor de Eliézio, mas a resposta ainda não havia sido enviada até o final da tarde de quarta. Caso não haja nenhuma decisão judicial neste sentido, Eliézio será liberado, mas sua história será investigada.

(Luciana Marschall com informações de Ronaldo Modesto)

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