A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou
hoje (20) a suspensão de lotes de seis medicamentos. As resoluções foram
publicadas no Diário Oficial da União.
Segundo o governo, todos os lotes dos produtos suspensos serão
recolhidos pelos fabricantes. Quatro medicamentos que tiveram lotes
suspensos são fabricados pelo Laboratório Teuto Brasileiro.
“Após
essas suspensões, a agência irá investigar as queixas técnicas e
avaliar eventuais penalidades a serem aplicadas. Tais punições variam
desde a advertência até o cancelamento da autorização de funcionamento
da empresa ou do registro do produto. Estão previstas ainda a aplicação
de multas que podem oscilar entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão”, informou a
Anvisa.
O lote 1998101 (validade 11/2015) do medicamento
paracetamol 500 miligramas (mg) comprimido, produzido pelo Laboratório
Teuto Brasileiro, foi suspenso após denúncia feita ao Procon. Um
consumidor identificou que, em uma das cartelas do medicamento, havia um
parafuso no lugar do comprimido. Segundo a Anvisa, o fabricante já
iniciou o recolhimento voluntário do lote, que foi distribuído em Goiás,
Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e na Bahia.
O lote 1048105
(validade 6/2015) do medicamento cetoconazol 200mg comprimido, também
produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso após queixa de
um consumidor ao SAC da empresa. Na denúncia, o usuário informou que,
ao abrir a embalagem, constatou a presença de outro produto – o
medicamento Atenolol 100mg. Segundo a Anvisa, o fabricante também
iniciou o recolhimento voluntário do lote, que foi distribuído em Goiás,
no Amazonas, em Alagoas, na Bahia, em Minas Gerais, no Pará, no Rio de
Janeiro e em São Paulo.
O lote 8910019 (validade 2/2016) do
medicamento nistatina 25.000 unidades internacionais por grama (UI/g)
60g, também produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso
depois que um usuário relatou que, na cartonagem do medicamento, havia
outro produto – neomicina+bacitracina. Segundo a Anvisa, o fabricante
informou que o lote em questão foi distribuído no Distrito Federal,
Espirito Santo, em Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
O lote
6909006 (validade 10/2015) do medicamento atorvastatina cálcica
comprimido, também produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi
suspenso após denúncia que revelou que, dentro da embalagem do produto
de concentração 20 mg, havia o produto de concentração 10 mg. Segundo a
Anvisa, e empresa informou que o lote foi enviado ao Distrito Federal,
Pará e Paraná.
A Agência Brasil entrou em
contato com o Laboratório Teuto Brasileiro, que informou ter iniciado
voluntariamente o recolhimento dos lotes com problemas e que todas as
medidas cabíveis perante as agências reguladoras já foram tomadas. Na
semana passada, outro medicamento fabricado pela empresa teve um lote suspenso para venda. Mais orientações ao consumidor podem ser obtidas junto ao SAC da empresa, no telefone 0800 62 1800.
Já
o medicamento Tabine (citarabina), da empresa Meizler UCB Biopharma,
teve 13 lotes suspensos pela Anvisa. Uma análise laboratorial detectou
resultados fora de especificação para teor de princípio ativo durante os
estudos de estabilidade, o que pode indicar uma redução do prazo de
validade indicado na embalagem do medicamento.
A empresa informou
que já iniciou o recolhimento voluntário do lote e que todas as
distribuidoras do medicamento já foram informadas sobre a suspensão.
Informações ao consumidor podem ser obtidas por meio do SAC do
laboratório, no telefone 0800 166 613.
Por fim, o lote 86119 do
medicamento Tamsulom (cloridrato de tansulosina), da empresa Zodiac
Produtos Farmacêuticos S.A, foi suspenso após comunicado de recolhimento
voluntário do laboratório. A empresa identificou que na embalagem
interna do lote consta a data de validade 6/2015, mas o lote é válido
somente até 06/2014. Mais informações podem ser obtidas por meio do SAC
do laboratório, no telefone 0800 166 575.
Além dos medicamentos, a
Anvisa também suspendeu o lote 5954 (validade 9/2018) do produto
compressa de gaze cirúrgica Neve estéril, fabricado pela empresa Neve
Indústria e Comércio de Produtos Cirúrgicos Ltda. Laudo de análise
emitido pelo Instituto Adolfo Lutz constatou a presença de corpo
estranho de coloração escura no interior da embalagem ainda intacta. A Agência Brasil entrou em contato com a empresa e aguarda um posicionamento em relação à suspensão.
Fonte: Agência Brasil
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