Procurado pela Reportagem do CORREIO, o inspetor Jair Guimarães, chefe da Delegacia Regional da PRF, informou que o órgão vem sofrendo sérios problemas com a comunicação do posto de atendimento, localizado na Rodovia BR-222, em Marabá, desde que a operadora de telefones celulares utilizada pela PRF foi mudada em janeiro passado.
"A PRF fez uma licitação e apenas uma empresa participou e ganhou, então hoje só temos números da Claro, e na zona rural, onde está o posto, não funciona muito bem. Tem dias que não dá sinal", afirmou, acrescentando que o órgão possui uma antena rural, mas nem sempre ela é totalmente funcional. Além disso, segundo ele, a maior parte da população possui números da Vivo ou da Tim e evitam telefonar para outras operadoras. "Elas não têm o costume de ligar pra Claro e não ligam".
Há ainda outro agravante. Segundo Guimarães, houve outra licitação que escolheu uma empresa responsável pela manutenção e instalação de antenas de rádio, mas esta ainda não iniciou esse serviço nesta região. "Essa contratação, inclusive, está em vias de ser suspensa porque não chegou ao Pará. Estamos com uma antena antiga, com mais de cinco anos, e sem manutenção nos cabos", informou.
Segundo Jair, a própria delegacia, situada no Núcleo Cidade Nova, e o posto não estão conseguindo se comunicar com eficiência. "Até nas viaturas temos problema com os rádios quando elas estão muito longe do posto. A polícia fez a sua parte, a empresa que até agora não cumpriu com a dela.
A internet, conforme ele, também é problemática. "No posto ela é muito lenta, às vezes pega e às vezes não. Até a nossa confecção de boletins atrasa", explicou, acrescentando que foram contratados dois megas para o posto pela Embratel, mas até agora a empresa não fez a instalação. “Estamos com dificuldade de comunicação telefônica, de internet e de rádio”.
Como medida breve até que a situação se normalize, conforme o inspetor, a PRF está divulgando o número 191, que é do núcleo de operações da PRF em Belém. "Se não conseguirem conversar com o nosso posto pelo número (94) 8408 9047 liguem para este número que eles vão arranjar uma forma de nos contatar, seja por e-mail ou WhatsApp”.
Guimarães informa, ainda, que os federais estudam também junto ao Exército Brasileiro uma maneira de otimizar as comunicações no posto. "Já estamos levantando a possibilidade de colocar uma antena para melhorar o sinal de telefone, mas ela custa R$ 2.200 cada. Estamos correndo atrás de um acordo com Ministério do Trabalho para comprarmos essas antenas".
Além de utilizar o 191, o usuário também pode telefonar para o número (91) 3321-1931 e acionar o programa “Voz sobre Protocolo de Internet (VoIP)”, que funciona por meio de Internet.
Motoristas se irritaram com espera
No sábado, motoristas chamaram a Reportagem reclamando da demora para desobstrução da ponte após um caminhão bater na traseira de uma van que, com o empurrão, bateu atrás de um veículo pequeno. Conforme Lucas David Duarte, motorista da van que faz o trecho Marabá—Jacundá, o carro da frente deu uma freada brusca e ele precisou também frear, mas o caminhoneiro que vinha atrás não conseguiu para o caminhão a tempo de evitar o acidente. “Ele acabou batendo na minha traseira e me jogou pra cima do carro”.
O motorista de caminhão Paulo Batista, diz que chegou ao engarrafamento às 18 horas e, às 21h15, ainda aguardava a via ser liberada para continuar a trabalhar. “Aconteceu e vamos fazer o que? Não podemos nem reclamar, temos de esperar de qualquer maneira”, disse. O tenente-coronel Paulo Garcia, da Polícia Militar, parou no local às 17h30 e defendia que outro órgão fizesse a desobstrução.
“Nesse caso não deveria nem esperar a PRF que é a competente, qualquer poder público, inclusive o DMTU deveria tomar providência porque o clamor do público assim pede”, disse, acrescentando que estava indo para Araguaína (TO) e pretendia chegar lá ainda no sábado, mas foi impedido. “Agora vou ter que dormir por aqui e vou ter um prejuízo material, sem contar o moral de todo mundo que está aguardando”
O professor universitário Bruno Marinheiro retornava de um balneário e também desabafou. “Eu acho isso uma incompetência e não sei se eles não têm equipes trabalhando no final de semana ou o que acontece".
Renato Rodrigues estava com crianças no veículo, indo para o Bairro Novo Horizonte, e destacou a dificuldade de esperar tantas horas, já que chegou ao local por volta das 17. “Não temos informações e ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Estamos sem água, sem banheiro e com crianças no carro”.
Em relação à situação ocorrida na Ponte do Rio Tocantins, o inspetor Jair Guimarães ressaltou que a PRF só soube do fato após as 19 horas justamente porque o chefe de policiamento do órgão ficou preso no engarrafamento e acionou colegas por meio do telefone particular deles. “O problema no sábado foi de comunicação”.
Ele destaca, ainda, que acidentes ocorrido na ponte frequentemente resultam em engarrafamento por ela ser estreita. “Lá não tem como escoar a passagem, então o engarrafamento torna-se inevitável até que os veículos sejam removidos”.
Essa remoção também é um problema, já que a PRF não possui caminhão guincho em Marabá. “Infelizmente não temos guincho e contamos com a disponibilidade dos privados e do DMTU, mas não é sempre que eles estão à disposição da PRF. Há um projeto de se terceirizar essa remoção, o pátio e os leilões”.
Guimarães diz que a delegacia pretende aperfeiçoar o tempo resposta nos atendimentos aos acidentes que, segundo ele, hoje em dia varia muito de situação para situação, isso porque o efetivo é reduzido e atua em todas as atribuições. Conforme ele, mil policiais foram formados pelo órgão, mas ainda não nomeados, mas assim que essa etapa for concluída, ele acredita que servidores serão enviados para reforçarem esta região.
Com isso, poderá ser criado o Grupo de Atendimento de Acidente, que vai apenas ficar na cidade de Marabá, fora da escala de serviço, para atender a acidentes. “Nossa meta é fazer esse atendimento de forma rápida para a sociedade e queremos melhorar nossa resposta”. Além de atender aos acidentes, segundo ele, os agentes ainda fazem as fiscalizações comuns no Código Nacional de Trânsito.
(CT online)
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