O líder comunitário Jonas Conrado de Sousa foi transferido para a capital do Estado na noite desta quarta-feira (1) juntamente com o vereador Josineto Feitosa. Jonas foi preso no último domingo (28), acusado de participar de uma quadrilha que estaria tentando extorquir familiares dos vereadores presos na Operação Filisteu.
De acordo com que a reportagem apurou, Jonas, com apoio de outras pessoas estaria telefonando para familiares dos presos alegando que teria como liberar eles com mais rapidez, bastava pagar por esse benefício. Os valores cobrados variavam entre R$ 250 mil até 1 milhão.
O promotor Nelson Medrado afirmou que o Ministério Público acredita que Jonas esteja fazendo parte de uma quadrilha. Medrado ainda ressaltou que mais uma pessoa está presa por participação no crime. “Houve uma tentativa de macular a imagem do Ministério Público. Isso é uma questão de honra para a instituição, manter a integridade dos seus membros e o próprio nome da instituição, sabemos que duas pessoas ou três ou uma quadrilha estavam tentando obter vantagem ilícita das investigações, tentaram extorquir dinheiro das famílias dos presos. Prendemos duas pessoas que supostamente estavam vendendo possíveis facilidades dentro de um processo”, afirmou.
A audácia dos criminosos foi tão grande que imitaram a voz do promotor com a intenção de passar mais segurança aos familiares. “No celular dele tinha supostamente uma gravação com minha voz, que eu ia entrar com o HC (Habeas Corpus) para os réus, eu pedi a prisão deles. Essas coisas mostram que realmente há pessoas que estão tentando tumultuar e estão tentando tirar vantagens e embaralhar as investigações. Já chegamos a um ponto que sabemos muito, não vamos retroceder, já temos quase descortinado toda a fraude, estamos apenas coletando as provas”, finalizou Medrado.
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